quinta-feira, 26 de maio de 2011

MEDO


Sou tua. Por ser teu par; sou tua Lua na rua.
Venho, pois tenho hora. Velando o mar sigo o rio no cio.
Não sei se vens. Mas se vens, traz-me o sal e o Sol do teu mar
Se for amor, sele em minha pele o falo do teu corpo inteiro
Minha morte tem o som da tua sorte que luta no luto do amor
Qual dual somos, se estou focada e tocada em teu falo ereto
Vai. Sai..., vai tocar a tua vida
Insisto. Resisto em desistir de ti
Por ser teu par; parto em minguante Lua riscando a rua.
Se é sorte ou morte, luto em lutar por ti.

Texto e foto: Rosana Rodrigues

quinta-feira, 19 de maio de 2011

ROSAS

Rosas, flores nomes próprios. Me aproprio das rosas tranzendo-as no próprio nome. Rosas do amor eterno, do segredo infindo e da gratidão presente. Rosas pra cobrir o morto, rosas pra jogar em noivos, rosas que exalam cheiros, que perfumam as noites e encantam amores. Faço poema pra flores rosas . Ah, e que rosas!
Amo as margaridas, acho-as singelas, as hortências com sua imponência, as violetas em diversas matizes, nossa! Parecem retalhos de tecido cetim. Elas são femininas, destacam-se como grandes mulheres coloridas. Mas as rosas, essas pra mim, são como damas que escondem segredos em espinhos. Uma espécie de hímen controlando a virgindade entre cravos e girassóis, ali, respeitados por elas. As rosas me confundem em cores, não consigo escolher um buquê, porque, permanecer entre as rosas, é desfrutar do olor e do segredo gerado por elas.

                                                       Rosana Rodrigues