quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Textualidade



Não escrevo para agradar. Escrevo para estimular meus neurônios, é um exercício diário onde expulso todo o meu estado verbal. Escrevo para exorcizar meus fantasmas interiores. Escrever é uma tarefa gostosa, chega a ser quase arte, assim como dançar, pintar, cantar, compor, cozinhar, costurar etc. cada pessoa tem habilidades diferentes que podem ser construídas ou não.
Gosto das figuras de linguagem, a antítese me dá uma sensação de canto, elas parecem melodias em sequência simples, metáforas são as que mais gosto. Não desprezo o eufemismo as vezes ele é tão preciso que se torna necessário.
A arte tem essa vantagem de possibilitar “N” maneiras de interpretação, do contrário, não seria arte, e sim, um objeto a mais sem conteúdo do qual ninguém olha e ninguém vê. A arte não veio para agradar, a arte existe e pronto. É a informação particular de cada elemento com um propósito único. É por isso que a arte é abstrata.
Quando pincelo minhas idéias verbais, recebo comandos do cérebro informando o que dele compreendi. Agora, se você se identifica com o que escrevo ou escrevi. Digo: isso é compreensão por absorção.
Certa vez, escrevi no perfil de meu blog que sou um bicho. Ora, ali eu sou um elemento abstrato. Não estou ali como bicho para elucidar; o bicho é você, que lê, que vê e quer que exista. A figura de linguagem ali existente é apenas para ilustrar. Mas a metáfora tomou proporções inversas quando eu disse que poderia ser uma cobra. Ora, tem gente que ama cobra, outros, tem verdadeiro horror! Os animais são artes da natureza, por isso, o enleio continua entre ofídios e humanos.
Rosana Rodrigues
31-07-2010

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Fotografia


                                              Foto de Priscila Caminha

Fotografias são revelações da alma. O olhar fotográfico, de longe é o mesmo olhar de quem as vê. Fotos me revelam sensibilidade, nelas vejo cores, sinto texturas, sinto gozos. A luminação iluminada em cada flash, revela um pano de fundo que cada fotógrafo escolhe.
Visito cemitérios, neles vejo fotografias antigas em cores que parecem falar comigo. Fito olhares mortos, eles falam, gesticulam, articulam e selam ausências desbotadas esgotadas pelo tempo.
Fotografias em preto e branco, são como alma e corpo que precisam de luz para obter sombra. Elas se fundem numa neutralidade permanente, por isso, falam comigo. Elas precisam de papel e de revelação, é a vida imitando a arte em cores dadas por mim.
Criar imagens por meio da luminosidade poderia chamar de foto, mas a fotografia é algo além da foto, além de mim e do próprio autor. Comparo as belas fotos com comportamentos, elas se refletem na lente de quem as lê, de quem as vê. Vemos pessoas, mas não vemos sua alma. A fotografia para que de fato exista, tem de ser revelada. A alma, quando exposta, também revela. Pode ser colorida, desbotada e sem cor. Resvala-se entre o imediatismo e o factual.
Nada me revela mais que a arte. Trago comigo meu script, modifico-o com o passar das horas e nele envelheço revelando minha fotografia hormonal. Tombo com o tempo, amareleço, desboto e me inquieto olhando pra você que me vê de fora pra dentro.

                                                                              Texto de Rosana Rodrigues
                                                                              

 

Comportamento


Uma coisa que sempre me chamou a atenção foi envelhecer a dois. Há tempos, os casamentos eram escolhidos pelos pais, na maioria das vezes, a noiva só ia ver o seu futuro marido no dia do casamento. A mulher era mesmo um objeto, um negócio, uma mercadoria. E até hoje, essa prática é comum em países onde a poligamia é permitida. Contudo, quero falar de amor. Minha avó materna, conheceu meu avô numa viagem de trem. Ela nos contava com tanto entusiasmo seu primeiro amor à primeira vista, que chegávamos a voltar ao tempo, só para ver o brilho dos seus olhos. Vovó, dizia que ele era elegante, bonito, inteligente e um homem extraordinário. De fato; vovô era tudo isso e muito mais. Era meu vovozão querido. Viveram 65 anos de casados, 3 filhos e 8 netos. Infelizmente não viveu o suficiente para ver seus bisnetos.

Lembro-me, vez por outra, ele nos levava ao cinema para assistirmos filmes de “Tarzan.” Na volta, passávamos em uma sorveteria e fazíamos a festa. Pronto! O domingo estava completo.

A sociedade “moderna,” sobretudo dos grandes centros urbanos, sofreu com a metamorfose da separação. Primeiro, a separação dos pais, antes visto só com a morte e raras vezes com o abandono da família. Depois, veio o desquite e, consequentemente, o divórcio. Não obstante esse turbilhão, eis que surge o banal. Banal, porque as relações perderam seu real sentido em existir. A liberdade exacerbada do sexo aberto, permissivo e promíscuo, avançou desmedido confundindo cabeças atreladas a álcool, drogas e rock end roll.

Sinto saudade dos tempos onde se namororava na porta de casa e nossos pais conheciam nosso namorado(a), e as famílias também. A libidinagem era a tônica do namoro cheio de desejos e aflições. Com o advento da liberdade, calou-se para sempre o respeito.

Não sou contrária a liberdade, e sim, aos excessos, os limites inexistentes. A banalização do desejo através do sexo e da nudez explicita, antes vista só em filmes pornôs. Não estou enfatizando e nem reforçando um comportamento “machista” em meu discurso, enfatizo sim, valores, a valorização da mulher como mulher. Atuante, moderna, equilibrada, independente, inteligente e presente. Presente na vida dos filhos, presente no trato familiar, presente no seu cotidiano; sem se ausentar de seus sonhos e sem perder seu encanto.

Ouço com muita frequência, amigos meus dizerem que o casamento é hoje uma entidade falida, esses amigos que ouço-os falar assim, estão sós, e, o mais contraditório, é que estão a procura de alguém para se relacionar. Muitos, buscam mecanismos nada ortodoxos na internet, sem ao menos saber que aquela pessoa existe de fato. Os comportamentos mudaram ou mudaram as pessoas conforme seus comportamentos?

Texto de Rosana Rodrigues
Belém, 31-07-2010
Fotografia extraída da Internet através do GOOGLE

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PENSAMENTO...



Não podemos e nem devemos depositar nada demasiadamente em alguém e nem em ninguém.
Nossas expectativas a criamos para nos motivar a estar vivos (as), são elas os delírios dos sonhos.
As satisfações estão no interior de nossas criativas mudanças. O outro, é um coadjuvante que interpretará ou realizará sonhos sonhados com cada ator principal. O estado constante de paz, interpretará desejos de plenitude. E, essa plenitude se transformará em amor vivido, amor repartido e amor dissolvido. Nada é eternamente infinito mas dividir objetivos comuns precisam de muita sabedoria. E como precisam.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tango


Um passo. Em cada passo, passo por você.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Meu Primeiro Documentário


São Bráz, o Complexo da História, foi meu primeiro documentário 9minutos - vencedor da categoria "Na Sequência", da Terceira Mostra de Cinema e Vídeo, Belém/PA.

Marisa Monte & Cesária Évora - É Doce Morrer no Mar



Minhas lágrimas salgadas, fundem-se, confundem-se com o doce Mar

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010


Este é o trem em que viajei na minha imaginação. Fui ao Canadá e voltei em tres segundos de tempo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Cris

Tu és a estória da minha história, quando fugi de ti, me aproximei da tua cor, do teu perfume e do teu encanto.

Abstracionismo Humano

Na parede do meu quarto, estava o teu retrato em preto e branco. Parecias sorrir pra mim e eu te odiava, cada vez que eu te olhava, odiava-te mais, e mais distante te queria.