domingo, 22 de fevereiro de 2009

ÊXODO

A mão do homem mata as verdes matas. A mão do homem destrói a razão
Pensa em mudar pra ser melhor sozinho.
E acaba indo pela contramão.
O homem sai abandonando as terras
O outro chega, e vem arar o chão. Pensa em mudar pra ser melhor sozinho.
E acaba indo pela contramão.
O encanto que tinha o Amazonas
As lendas do Bôto e Sinhá
O Curupira rei das matas (Bis)
Matinta Perêra onde está?
O mito lendário morreu.
O homem doutor esqueceu.
Nas terras que plantei meu nome
Hoje morrem de fome
Por que se perdeu. (Bis)

Música de Rosana Rodrigues

Pele

Pele pelo avesso, dei ao meu amor um preço, e por ele paguei muito mais.
Por amor eu adoeci, me doei, e, envelheci.
Como porta-bandeira
Que carrega os carnavais
Por amor eu adoeci, me doei, e, envelheci.
Como porta bandeira.
Que carrega os carnavais.Pele
Letra e Música de Rosana Rodrigues
Pele pelo avesso, dei ao meu amor um preço, e por ele paguei muito mais.
Por amor eu adoeci, me doei, e, envelheci.
Como porta-bandeira
Que carrega os carnavais
Por amor eu adoeci, me doei, e, envelheci.
Como porta bandeira.
Que carrega os carnavais.

Música de Rosana Rodrigues

AMNESTESIOLOGISTA

Magda leu no horóscopo, que o proletariado doméstico gótico, seria seriamente desvinculado do plebiscito na plenária que resultou em panfletagem da macrodrenagem.
Ataualpa Plínio, de imediato, prontificou-se em instalar os paralelepípedos para a paralelepipedovia. Arriscou-se, e, embrenhou-se pela hexagonal rua das jaboticabeiras. Não instalou e nem completou o que havia prometido. Ao ouvir a música, Paranguaricutirinicuaro de autoria do índio Guantanameraiaçaxibé; complicou-se, descomplicou-se e saiu mato adentro com medo de intoxicar-se com tanto agrupamento ou aglutinação de palavras, sons e pronúncias, que, de repente. Dão um nó na língua e uma dor nas pregas vocais.
Por falar em vocais, as vogais da grinalda da Valda, estavam crivadas de pedras de cristais. Os broquéis pareciam papéis, os anéis, luziam feito raios de sol, soletrando: o ouro, o ouro, o ouro. Ou era de couro? Já não sei mais se o ouro era couro, ou couro era o ouro.
Lembrei-me de Anastácio, irmão de Pablo e primo de Djanira. Anastácio era médico; anestesiologista, não gostava que dissessem que era doutor de dar anestesia. Pablo, que tinha problema de fala, não falava anestesiologista. Dizia, aminestesiologista, ficava ainda pior: só ele pronunciava. Será que Pablo tinha mesmo problema de fala? Ou falava para dificultar? Sei lá, deixa pra lá. Não é neologismo e nem gíria pra gente falar. Errado está o Pablito em amnestesiologista pronunciar.
Por Rosana Rodrigues

SOMBRAS E SOBRAS

Gerações, confusões, inúmeras confissões. Entre perdas e danos danaram-se na corda bamba. A denúncia do não querer mais, mais tarde com a ineficiência de protesto e com o pretexto da demora; Foram-se imbecís devotos.Descrente estava sentada alí, num monte de restrições que mais pareciam excrementos.
Por Rosana Rodrigues

A CRÍTICA

A crítica avançou ilicitamente à frente fria.
Não conteve modos, atirou a primeira pedra, a primeira queda.
Caído e quase morto, mofou no jornal sangrento.
Não há tempo, não há medo.
Apenas formas completas e delinqüentes
Vírus exacerbado apático.
A crítica avançou o tempo, ultrapassou as formas e deformou meu pranto.
Espanto-me, pois não sou santo, e nem satânico sou.
Apenas vôo nas entrelinhas da dimensão noturna
Que vaga a deriva buscando a sensatez demente
Apenas sente essa clemência oculta.


Rosana Rodrigues
29-07-1992

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Metades

Crédito - Body-Art - www.art-e-manhas.com/2009/05/pintura...

Duas. Metades... metades em mim, metade de ti.
Meta, metades de nós.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

In Sano

Insano, in dentro da dualidade das possibilidades de desejos; fontes sobrenaturais do eu em ti existir. In truso em transe incluso.
Insano estou, insano sou, insano vivo. (minha)

flor do desejo