domingo, 22 de fevereiro de 2009

AMNESTESIOLOGISTA

Magda leu no horóscopo, que o proletariado doméstico gótico, seria seriamente desvinculado do plebiscito na plenária que resultou em panfletagem da macrodrenagem.
Ataualpa Plínio, de imediato, prontificou-se em instalar os paralelepípedos para a paralelepipedovia. Arriscou-se, e, embrenhou-se pela hexagonal rua das jaboticabeiras. Não instalou e nem completou o que havia prometido. Ao ouvir a música, Paranguaricutirinicuaro de autoria do índio Guantanameraiaçaxibé; complicou-se, descomplicou-se e saiu mato adentro com medo de intoxicar-se com tanto agrupamento ou aglutinação de palavras, sons e pronúncias, que, de repente. Dão um nó na língua e uma dor nas pregas vocais.
Por falar em vocais, as vogais da grinalda da Valda, estavam crivadas de pedras de cristais. Os broquéis pareciam papéis, os anéis, luziam feito raios de sol, soletrando: o ouro, o ouro, o ouro. Ou era de couro? Já não sei mais se o ouro era couro, ou couro era o ouro.
Lembrei-me de Anastácio, irmão de Pablo e primo de Djanira. Anastácio era médico; anestesiologista, não gostava que dissessem que era doutor de dar anestesia. Pablo, que tinha problema de fala, não falava anestesiologista. Dizia, aminestesiologista, ficava ainda pior: só ele pronunciava. Será que Pablo tinha mesmo problema de fala? Ou falava para dificultar? Sei lá, deixa pra lá. Não é neologismo e nem gíria pra gente falar. Errado está o Pablito em amnestesiologista pronunciar.
Por Rosana Rodrigues

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