domingo, 22 de fevereiro de 2009

A CRÍTICA

A crítica avançou ilicitamente à frente fria.
Não conteve modos, atirou a primeira pedra, a primeira queda.
Caído e quase morto, mofou no jornal sangrento.
Não há tempo, não há medo.
Apenas formas completas e delinqüentes
Vírus exacerbado apático.
A crítica avançou o tempo, ultrapassou as formas e deformou meu pranto.
Espanto-me, pois não sou santo, e nem satânico sou.
Apenas vôo nas entrelinhas da dimensão noturna
Que vaga a deriva buscando a sensatez demente
Apenas sente essa clemência oculta.


Rosana Rodrigues
29-07-1992

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