segunda-feira, 21 de março de 2011

Crônica do Dia: Sons e Fatos

 Abne, Adler e Áldrin, são triatletas de triatlo, tetracampeões de dardo. Adequam-se às adversidades, compram abstracionismos e gostam da Petrobrás, atual patrocinadora. Ficam absortos no tempo e se consagram.
Admê tem acne, preto é o peito do pé de Pedro. Eles flertam, tocam flauta e flautim, são culturas gregas.A banda passa e o bumbo toca, blum, durundum tum tum, blum, durundum tum tum. A carruagem tem um som que faz assim: tataralá tatá, tataralá tatá, tataralá tatá. Habilá, que é irmão de Abdala, finge que se aflige, quando o grupo de trovadores passa.
Brucutu, Clodô e Climério brincam com o coldre para assustar Fligliadna. Fligliadna é filha de Flisberto Gomes com dona Adna, a junção do nome dos pais originou esse pré-nome, da qual a coitada envergonha-se até a morte. Mas seu Flisberto não furtou-se em nomear seus filhos esquisitamente; e assim, prosseguiu: Drondnan, Dloblendlon, Grustliclara, Blandracilda e Fligliadna. Seriam nomes ou apêndices? A bem da verdade, devemos respeitar. Afinal, cada qual com seu cada qual, mas atrelar esses nomes para o resto da vida, valha-me Deus!
Você já teve afta? Afta dói no canto da boca ou no meio da boca. Conheci um agrônomo que tinha afta, sofria até com o advento da bicha; Da afta, claro. Lembro-me do dia em que foi a uma matinê assistir “Arpoador, o grafiteiro e o marinheiro”. Acho que era assim; não lembro muito bem o nome do filme. Por um átimo de segundo esqueci, às vezes as palavras aglutinam-se e me causam embaraços, Amnésia, acho. Sabias que um dia quase tomei estricnina pensando que fosse remédio? Já imaginou? Coisa de maluco. Por essas coisas, lembro de Astênio, um grande amigo; ele não gostava do seu nome, achava-o feio e esquisito. Ele era professor de álgebra, gostava quando ele dizia: meu preclaro amigo que bom vê-lo. Sempre muito apaziguador quando já não estávamos tão sóbrios. Falava muito de macrodrenagens, de acrobacias, dos patrões, das aclamadas festas quando recebíamos os qüinqüênios vultosos, néctar dos Deuses.
Astênio gostava de por no liquidificador, vodka, espinafre, berinjela e orégano; dizia que era afrodizíaco, só ele tomava. Grande Astênio, lembranças boas apaziguam mau humor. Astênio era esplêndido! Fez eletroencefalograma, ecocardiograma, quimioterapia, extrapolou seus limites e morreu dormindo.

                                                                        Rosana Rodrigues

2 comentários:

Lígia Saavedra disse...

Um bj querida amiga, ler-te é renovar o espírito e alma. Te amo!

rosana rodrigues disse...

Liginha querida! Só tu mesmo. Também te amo em reciprocidade, bebo em teu Blog diariamente uma fonte inesgotável de doçura e encanto. Pura beleza resvalada em poemas,sons, sonoridades afins e toda forma que expressas amor.